Como resultado de um processo criativo, as atrizes atualizam grandes personagens do teatro com suas próprias vivências; Compõe o projeto leituras de textos de jovens autoras para as redes sociais por mulheres como Andréa Pachá, Aretha Sadick e Cissa Guimarães.
Buscando inspiração em importantes figuras femininas das mitologias como Medeia, Lilith, Medusa e Ismênia, e adaptando suas histórias para os dias atuais por meio de olhares e vivências das suas cinco atrizes protagonistas, o espetáculo virtual Palavras de Mulheres estreia no próximo dia 4/3, quinta-feira, às 21h, via Zoom, jogando luz e provocando reflexões no público sobre essas grandes personagens e sobre o lugar da mulher no mundo.
A peça é fruto de um processo criativo que reuniu – por cerca de 60 dias – cinco atrizes cariocas em encontros periódicos: Aurora Eyer, Jessica Madonna, Jullie, Maria Adélia e Maria Lucas, capitaneadas pela diretora Nina da Costa Reis e pela dramaturga Carolina Lavigne. Nesses encontros, as artistas foram construindo coletivamente suas personagens em cima das histórias mitológicas e agregando às cenas fatos e experiências de suas próprias vidas, para dar origem a um espetáculo interativo e original, no qual o público tenta descobrir – com a ferramenta enquete do Zoom – quais são os sentimentos que estão em cena. A pluralidade de olhares é a marca do elenco, que reúne atrizes de diferentes perfis, idades e etnias.
Palavras de Mulheres estará em cartaz por três semanas, de 4 a 19 de março, quintas e sextas, às 21h, via Zoom, com ingressos que variam de R$10 a R$200. Metade do valor dos ingressos será destinado à iniciativa Ainá Mulher, que ajuda mulheres a se conectarem a oportunidades de saírem de situações de violência. O projeto tem realização da Prisma Colab, idealização do jornalista Mario Camelo, e é um dos contemplados no edital Retomada Cultural RJ, da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Lei Aldir Blanc.
“Ao longo dos últimos dias, viemos trocando experiências, relatos e histórias em reuniões periódicas pelo Zoom, nas quais abrimos o nosso coração e a nossa vida, a fim de entender quem eram essas mulheres das quais queríamos falar e o que nós mesmas tínhamos a ver com elas. Desse processo inicial, foram surgiram as cenas, bem como emoções e muitas descobertas que fomos trabalhando com cada uma e aplicando nesse jogo cênico”, explica a diretora Nina da Costa Reis.
Para a dramaturga Carolina Lavigne, o público vai se reconhecer nas cenas e nas palavras dessas atrizes, mas também vai perceber o quanto a mulher ainda precisa conquistar o seu espaço.
“Já parou pra pensar que o teatro nasceu como uma arte essencialmente masculina? Os mitos – tão festejados no teatro contemporâneo – foram todos escritos por homens. E mesmo com uma riqueza infindável de personagens femininos como Antígona, Medeia, etc, o teatro sempre excluiu as mulheres, tanto que os próprios homens interpretaram papéis femininos durante séculos. Palavras de Mulheres quer trazer o olhar dessas artistas para desmistificar essa ideia e devolver o seu lugar de fala de direito, propondo reflexões sobre afeto e sobre como a mulher se vê e se posiciona no mundo”, explica.

Leituras de mulheres e atividades online.

Cissa Guimarães, Andréa Pachá, Aretha Sadick e Andréa Bak vão ler textos de jovens autoras no Instagram, com a curadoria da editora Casa Philos.

Numa abordagem original que usa as ferramentas disponíveis na plataforma Zoom para compor a dramaturgia da peça, com a participação do público, Palavras de Mulheres é um espetáculo pensado do início ao fim para o ambiente virtual.

E além disso, o público poderá ainda conferir uma série especial de vídeos criada para o IGTV do espetáculo (@palavras.de.mulheres), chamada Leituras de Mulheres, que vai apresentar semanalmente vídeos de mulheres convidadas lendo textos de jovens autoras como Chris Facó, Mel Duarte, Dora de Assis, Malu Jimenez, Pam Araújo, entre outros. Os textos têm curadoria da editora carioca Philos, que também apoia o espetáculo.

Para as leituras, estão confirmadas a atriz Cissa Guimarães, a juíza Andréa Pachá, a ativista política, artista e poeta Andréa Bak e a atriz Aretha Sadick.

“Procuramos trazer toda essa nova interação proporcionada pelo Zoom para o centro da história. Assim, a dramaturgia não existe sem a interação do público. E as leituras também são uma forma de despertar reflexões em outros ambientes virtuais como a rede social”, explica o idealizador do projeto, Mario Camelo.

Workshop gratuito de direção com Nina da Costa Reis faz parte das atividades do projeto.

A peça ainda vai contar com bate-papo pós-espetáculo no dia 11/3, uma quinta-feira, para compartilhar com o público as experiências e vivências adquiridas pelas atrizes e para que todos possam compartilhar suas opiniões sobre a trama. O dia 18/3 terá sessão com interpretação de libras, com transmissão pelo YouTube da Prisma Colab. E, no dia 23 de março, uma terça, às 19h, a diretora do espetáculo, Nina da Costa Reis, vai promover um workshop de direção gratuito para estudantes, diretores e demais interessados. As inscrições serão via link da bio do Instagram do espetáculo.

Palavras de Mulheres lança um olhar sobre diversos personagens femininos do Teatro e da Literatura, por meio de performances e da participação do público via Zoom. As atrizes vão encenar grandes mulheres do Teatro em micro performances e o público tenta adivinhar que sentimento está sendo representado, num jogo teatral interativo e virtual, que quer despertar o olhar para o lugar da mulher no mundo.


ficha técnica

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Direção: Nina da Costa Reis
Dramaturgia: Carolina Lavigne
Elenco: Aurora Eyer, Jessica Madonna, Jullie, Maria Adélia e Maria Lucas
Idealização e Direção de Produção: Mario Camelo
Produção: Hildo de Assis
Redes Sociais: Maísa Capobiango
Design: Nath Moraes
Curadoria estética e cenográfica: Bidi Budjnowski
Assessoria de Imprensa: Prisma Colab
Vídeo: Isabella Raposo
Direção musical e músicas originais: Claudia Elizeu e O Limce
Curadoria de textos virtuais e apoio: Revista Philos & Casa Philos
Agradecimentos: Andréa Bak, Andréa Pachá, Aretha Sadick e Cissa Guimarães

SERVIÇO:
Estreia: 4 de março de 2021
Temporada: De 4 a 19 de março de 2021.
Horários: quintas e sextas, às 21h.
Duração: 55 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: Preços de R$10 a R$200.
Vendas on-line: pelo site da Sympla

atividades paralelas

Workshop de direção com Nina da Costa Reis
Quando: 23 de março – terça
Horário: 19h
Gratuito
Inscrições via Sympla

Bate-papo com equipe e elenco:
Quando: 11 de março – quinta
Horário: após o espetáculo, das 22h às 23h.
Gratuito.


Metade dos valores será destinado à organização Ainá Mulher, que conecta mulheres com oportunidades de saírem de relacionamentos abusivos. Leituras semanais de textos curadas pela editora Philos no Instagram do espetáculo.


Nina da Costa Reis é diretora, atriz-cantora e performer. Idealizadora da “Ocupação Ovárias”, indicada ao Prêmio Shell na categoria “Projeto Inovação” 2019. Realizando cinco edições com artistas nacionais e internacionais. É idealizadora e artista da “ONG Conexão do Bem”, atuante desde 2012 com teatro e música nos hospitais da rede pública do RJ. É diretora e idealizadora do espetáculo “Cavalos”, 2019/2020 – Premiada Melhor Direção pelo júri popular da “Mostra De Teatro Solo Brasileiro” 2019. Idealizadora, atriz e performer do espetáculo “Filhos D Medea”, direção do premiado Marco André Nunes, 2019; entre muitos outros.

Carolina Lavigne é atriz e dramaturga. Formada em Artes Cênicas pela faculdade CAL e Roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Cursou o Teatro O Tablado durante quatro anos. Com atriz trabalhou em mais de dez peças teatrais, dois longas-metragens, duas séries, e diversos curtas-metragens. Assinou a dramaturgia das peças: Filhos D Medea, no Teatro Sesc Arena; Segredo de Justiça, no Teatro Sesc Ginástico e Vala comum, no espaço Casa da Tijuca. É roteirista dos curtas: O Barbeiro, exibido no Festival de Curta Cinema em 2016 e Elas, em parceria com Thiago Britto, exibido no Festival de Cinema Cine Música em 2014.

Mario Camelo é o idealizador do espetáculo. Idealizou e realizou o festival virtual de curtas “Curta Quarentena”. Também elaborou e idealizou as campanhas de lançamento nas redes sociais de diversos espetáculos teatrais no Rio de Janeiro e em São Paulo, como “Diário de Pilar – A Peça”, “Estranho – Performance”, “Erêndira” (no Teatro da Fiesp), “Palhaços”, “Filhos D Medea”, “Nelson Gonçalves – O Amor e O Tempo”, “O Despertar da Primavera” (Moeller Botelho), entre muitos outros. Especialista em projetos digitais, Mario Camelo também foi responsável pela presença digital do projeto musical “Extravios”, da cantora Leila Pinheiro e há mais de um ano, cuida dos lançamentos digitais da produtora Movimento Carioca. Como assessor de imprensa, ainda atendeu a diversos artistas como Joanna, O Limce, Mariana Volker, Mariene de Castro, entre muitos outros.

Maria Lucas é uma artista trans multidisciplinar carioca, Artisticamente também conhecida como Ma.Ma. Horn. Realiza seu trabalho em distintas plataformas como a performance, a escrita e a atuação cênica. Formou-se em Artes Cênicas pela PUC-Rio, com intercâmbio em Cinema (Universidad Nacional de Colombia-Bogotá) e História da Arte (UAM-Madrid). Realizou estudos em Fundamentação em Artes Visuais pela EAV-Parque Laje e é mestra em Artes da Cena (Teoria e Crítica) pela ECO-UFRJ. É miss simpatia Teatro Rival 2018, e recentemente foi apresentadora do Festival Breves Cenas de Teatro 9* edição (2019), roteirista e entrevistada nos documentários “Transdemia” e “A Arte Queer do Fracasso”, ambos em 2020. Atualmente é artista-pesquisadora residente no MAM-Capacete e ganhou o primeiro lugar do concurso de textos ensaísticos, a ser publicado na Revista Serrote (IMS). Em 2021, será artista residente na Kovent Residence (Barcelona, Espanha), como ganhadora do prêmio Grant Kovent Support.

Jessica Madonna é atriz, palhaça, performer, roteirista e arte-educadora. Licenciada e bacharel em Teatro pela Universidade Cândido Mendes (RJ). Em teatro, atuou em Vácuo (2018), do coletivo Kosmos; de 2018 a 2020, atuou em A Mais Forte, da Coletiva 3 de Nós, selecionado pelo edital de Circulação de Artes Cênicas da Fundação Cultural de Jacareí (SP); em 2019, no infantil Por quê?, da Companhia Yonis Magnifícas; em 2019/2020, em Pegadas Lamacentas, da Baubo Cia Performática. Em audiovisual, atuou nos curtas A Mais Forte, de Savina João e Clara Ayer, selecionado pelo 17º TIFF – Albânia (2019), First-Time Filmmaker Sessions (2020) e pelo 25° Rabat International Author Film Festival – Marrocos (2020); O Poste, de Lucas Vinhas e Gabriela Giffoni, selecionado pelo Kinoforum (2017). Com a palhaça Abigail, já atuou em A Grande Neoperformance Mística Transcendental Feminina e números como O Porre. Em 2020, foi a vencedora da 1° edição de Big Artista Brasil e ainda integrou a curadoria da 5ª Ocupação Ovárias.

Aurora Eyer é produtora e atriz, integrante do Grupo Tá Na Rua dirigido por Amir Haddad, que completa 40 anos de (r)existência em 2020. Com o grupo, atuou nos espetáculos Assim Falava Zaratustra no Teatro Sergio Porto em 2019, Horario Eleitoral no Largo do Machado em 2018 e O Auto de Natal nos anos 2017, 2018 e 2019 e o Cabarét Tá Na Rua desde 2018 com apresentações mensais que em 2019 embarcou numa turnê nacional em comemoração aos seus 2 anos de ressurreição onde atuou e também produziu. Atuante também no setor audiovisual onde assina Assistência de Produção Executiva dos projetos da Modo Operante desde 2016, produtora que lançou diversos filmes premiados, entre eles o longa Torre das Donzelas. Fez parte ainda da equipe de produção executiva dos programas Super Bonita para o GNT, Tá Ligado?, para o Canal Futura e Nós, Os Fashionistas, para o Fashion TV. Trabalhou, ainda, no filme Mussum, Um Filme Do Cacildis que hoje encontra-se disponível no now.

Jullie é cantora, compositora, atriz e dubladora, a artista capixaba Jullie já esteve em cartaz com diversos musicais como “Nelson Gonçalves – O Amor e O Tempo” – que lhe rendeu uma indicação como melhor atriz na sétima edição do “Prêmio Bibi Ferreira”; participou da última turnê de “Bibi – Uma Vida em Musical”; da temporada carioca de “A Noviça Rebelde” como sub de Maria Von Trapp; “O Musical da Bossa Nova”; “Chacrinha – O Musical”; “60! Década de Arromba – Doc Musical”, “Constellation – Uma Viagem Musical Pelos Anos 50” – que lhe rendeu uma indicação como melhor atriz na primeira edição do “Prêmio Reverência” e “Tudo Por um Popstar”, seu musical de estreia. Jullie trabalha como dubladora desde 2007 e empresta sua voz para inúmeras personagens, dentre elas: Jemma Simmons (“Agentes da Shield”), Luz Estrela (“The Boys”), Blair Waldorf (“Gossip Girl”), Poppy (“Trolls”), Tinker Bell (coleção de filmes da fadinha) e Smurfette (“Os Smurfs”). Seu álbum autoral mais recente é intitulado “Até o Sol”.

Maria Adélia Porto é atriz formada pela  Fundação Teatro Guaira-PR. Estreia no Rio de Janeiro com Mistérios de Curitiba dirigida por Ademar Guerra. Participou dos Fodidos privilegiados nos espetáculos: Um certo Hamlet; Phaedra e a Serpente,  com direção de Antônio Abujamra. Atuou também nas peças: O último drink, com direção Marília Pêra e Gracindo Jr; Psicose, de Edson Bueno; Alcassino e Nicoleta, de André Paes Leme; Candido ou o otimismo, de Luiz Arthur Nunes. Viveu 17 anos na França, onde foi dirigida por Ariane Mnouchkine no Théâtre du Soleil, nas peças: Et soudain das unit d’evil e Tambours Sur la digue. Lá também atuou em: A boa alma de Setsuan, de Irina Brook; Fragmentos do desejo, da Cia Dos à Deux e em Lysistrata, de Yann Denécé. De volta ao Brasil foi dirigida por César Augusto em Ânsia e Festa de Aniversário, com direção Gustavo Paso; A visita da velha senhora, com direção de Silvia Monte.


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Publicado por:Philos

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