[Xingu, Jari, Madeira e Juruá
Do Boto cor-de-rosa ao Boitatá
Dá Goiaba, cajá-manga e cambucá
Caju, pitanga e guaraná
E dá vontade de cantar]
—Tom Jobim, Brasil nativo
A Casa Philos, residência de inovação e criatividade da Revista Philos, promove, apoia e desenvolve ações colaborativas nas áreas de educação e cultura, para a democratização e expansão de nossa literatura e arte. Em nosso terceiro ano na Festa Literária Internacional de Paraty, a 20º Flip, apresentaremos um programa curatorial para falar sobre sustentabilidade, democratização da democracia, povos originários do Brasil e centralidades periféricas sob o tema —Amar e mudar as coisas.
As ações da Casa Philos são desenvolvidas para identificar, revelar e valorizar os patrimônios materiais e imateriais dos nossos povos. Queremos falar sobre os nossos anseios, questionamentos sociais, cultura de neolatinidade e, sobretudo, acerca das nossas ações colaborativas desenvolvidas nas áreas de cultura, artes visuais, literatura e ciências [em diálogos] com o IMS, o Instituto Serrapilheira e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc [CPF Sesc].
Casa Philos
Rua da Capela, 34
Centro Histórico de Paraty
[de 24 a 27 de novembro de 2022]
AMAR E MUDAR AS COISAS
Casa Philos na 20ª Flip —Festa Literária Internacional de Paraty
QUARTA, 23 DE NOVEMBRO
quarta 23 | a partir das 20h —Beck’s apresenta a exposição —Escrevendo nas margens, uma mostra coletiva da Casa Philos + artistas da Casa da Escada Colorida.
quarta 23 | 20h15 —Cine Bicho especial na Flip exibe A Cozinha, com direção de Johnny Massaro [duração aproximada: 62′] após a sessão, realizaremos uma conversa com o roteirista Felipe Haiut e a atriz Catharina Caiado.
Na tentativa de superar a depressão, Miguel convida Rodrigo para jantar em sua casa após 15 anos sem contato. No dia do encontro, Letícia, ex de Miguel, aparece sem ser convidada. A atmosfera desagradável se intensifica quando Rodrigo chega acompanhado de Carla, sua noiva. Mas, à medida que o álcool entra em ação, a libido aumenta e a vergonha desaparece. É quando Letícia brinca sobre a sexualidade de Miguel, trazendo à tona uma antiga memória que redefine drasticamente a noite.
quarta 23 | a partir das 22h —Abertura da Casa Philos na Flip 2022 [um oferecimento Beck’s]
[DJ set de @fimdaegotrip]
QUINTA, 24 DE NOVEMBRO
quinta 24 | 14h às 15h30 —Independência do Brasil, as mulheres que estavam lá, com Heloisa Starling e mediação de Jorge Pereira.
Sete mulheres atuantes no período marcado pelas lutas de Independência do Brasil são recuperadas neste livro e mesa homônima: Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, Bárbara de Alencar, Urânia Vanério, Maria Felipa de Oliveira, Maria Quitéria de Jesus, Maria Leopoldina da Áustria e Ana Lins.
quinta 24 | 15h45 às 16h —especial Inês Brasil na Copa do Mundo.
quinta 24 | 16h às 18h —Copa do Mundo [Brasil x Sérvia] —transmissão ao vivo na Casa Philos
quinta 24 | 18h às 19h —Centralidades periféricas: Na margem do que se lê, com Vinicius Terra, Bea Machado e mediação de Jorge Pereira.
Diálogos instigantes sobre a produção de arte e cultura no Brasil pelas lentes de quem vive e produz nos subúrbios. Uma conversa sobre o fazer, as práticas artísticas e os desdobramentos conceituais, políticos e sociais desses artistas.
quinta 24 | 19h15 às 20h15 —Colisões bestiais: jogos, folias e patafísicas com Katia Gerlach, Alex de Andrade, performance Gaivota ou A vida em torno do lago de Susana Fuentes e mediação de Jorge Pereira.
quinta 24 | 20h30 às 21h45 —Alianças de corpos vulneráveis, com Roberta Holiday, Leonardo Piana e Tom Grito.
quinta 24 | 22h —Cine Philos especial na Flip exibe Deságue, com direção de Gi Vatroi [duração aproximada: 9′11]
Deságue funde e ficcionaliza tempos, paisagens e memórias da artista e sua ancestralidade. A partir dos fragmentos deixados em um caixa de memórias da sua avó e do registro da sua performance, na serra de Trapuá, localizada na cidade de Tracunhaém, Zona da Mata Sul, em Pernambuco. A serra de Trapuá, organismo que resiste à predação colonial canavieira, é protegida por guerreiros que habitam e se alimentam do barro. Nas veias raízes da serra, corre vida e seres em estado de iminência se preparam para a retomada.
quinta 24 | 22h15 —Cine Philos especial na Flip exibe Quando o manto fala e o que o manto diz de Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua com imagens de Fernanda Liberti [duração aproximada: 3′54]
quinta 24 | 2230h —DJ set [timetable @fimdaegotrip]
Em debate, a potência social e política dos novos movimentos na cidade.
Qual o impacto social dos movimentos que surgem hoje nas cidades? A Philos propõe ciclos de diálogos que aprofunda questionamentos sobre a vida urbana – se dedica a debater o potencial de grupos entre cultura e ativismo, capazes de congregar ideias, pessoas e anseios comuns no sentido da transformação e da coesão social.
SEXTA, 25 DE NOVEMBRO
sexta 25 | 9h às 10h15 —educativo Philos apresenta Democratização da Arte: o relato como metodologia de escrita coletiva, com Ariane Oliveira e Christine Gryschek.
sexta 25 | 10h30 às 12h —Por uma literatura para as infâncias, com Victor Grizzo, Cassio Scapin, Volnei Canônica e mediação de Lucas Fonseca.
sexta 25 | 13h às 14h —Café Philos apresenta O Nascer de todas as coisas e Horizonte de Chris Facó e mediação de Katy Navarro.
A finalista do Prêmio Jabuti 2021 na categoria de Melhor Capa com Horizonte; a escritora Chris Facó, conversa com Katy Navarro sobre o seu mais novo livro O Nascer de todas as coisas, lançado pela Casa Philos, com chancelas de Saaid Jones, da Poetry Foundation.
sexta 25 | 14h15 às 15h30 —A cidade como obra de arte —outros espaços para [re]leituras e [des]escritas com João Uchôa, Gisela Schmitt, Carla Oliveira e mediação de Jorge Pereira.
sexta 25 | 15h45 às 16h30 —Divã Philos apresenta O desejo dos sonhos com Hanna Limulja e Natália Albertoni.
sexta 25 | 16h45 às 18h —Voz aos elementos do desejo com Vanessa Passos, Pam Araújo, Mayara Mayor e mediação de Hélen Queiroz.
sexta 25 | 18h às 18h15 —Intervenção com a Slam das Minas SP
sexta 25 | 19h15 às 20h30 —Espelhos do Abismo com Márcia Falcão, Thaís Zaki, Tainá Camilot e mediação de Ana Coutinho.
sexta 25 | 20h45 às 22h —Divã Philos apresenta Guia de sobrevivência para artistas, anarquistas, bruxas e evangélicas, uma conversa com Samuel de Saboia e Lucas Fonseca.
sexta 25 | a partir das 22h15 —Festa Rave de autógrafo na Philos convida Aqui, Agora, Todo Mundo + DJs sets
[timetable @amortagua]
RÁDIO PHILOS
CAROLINA MARIA DE JESUS
No momento em que muitas minorias sociais têm conseguido, ainda que mais vagarosamente do que o ideal e necessário, se fazer ouvir, a Rádio Philos apresenta o especial “Carolina Maria de Jesus”. O sucesso do livro motivou Quarto de despejo, o disco. A mineira, catadora de papel que se tornou escritora, gravou em 1961, um ano depois de seu best-seller, músicas que ela mesmo compôs. O álbum pertente ao acervo José Ramos Tinhorão, sob a guarda do IMS – Instituto Moreira Salles. Na Rádio Philos, apresentaremos as 12 faixas do álbum e para ouvi-las, basta circular pelas áreas comuns da nossa casa durante os intervalos do programa da Flip.
SÁBADO, 26 DE NOVEMBRO
sábado 26 | 9h às 10h15 —educativo Philos apresenta Aqui, Agora, Todo Mundo: saúdes millennial e outros venenos que podem curar, com Mayra Ribeiro e Alexandre Mortagua
“Eu estou falando com as paredes. Cabe a vocês me interpretar“. É a partir da afirmação de Jacques Lacan que Mayra Ribeiro e Alexandre Mortagua discorrem sobre depressões e ideações suicidas por uma ótica artística de ressignificação de experiências e traumas, a partir do livro de autoficção “Aqui, agora, todo mundo: como estou me matando e outros venenos que podem me curar.”
sábado 26 | 10h30h às 12h —Maria pede passagem: transições como políticas com Galba Gogoia e APÊAGÁ.
sábado 26 | 13h às 14h —Café Philos & Harper Collins apresentam Aurora: o despertar da Mulher Exausta, com Marcela Ceribelli e Katy Navarro.
Em Aurora, seu primeiro livro, Marcela Ceribelli trabalha diversas temáticas como preocupação com saúde mental e física, misoginia, sororidade, burnout e outros assuntos que são comumente debatidos em seu podcast Bom dia, Obvious.
sábado 26 | 14h15 às 15h30 —Despertar climático: as mulheres e as mudanças climáticas, com Gisele Mirabai, Thaís Zaki, Ana Rusch e Paulliny Tort.
[intervenções de Marina Silva]
sábado 26 | 15h45 às 16h30 —Harper Collins apresenta A força do luto: Os corpos de resistência e as cidades, com Lubi Prates, Renato Nogueira e mediação de Maiara Libano.
sábado 26 | 16h45 às 18h —A poesia de Carolina Maria de Jesus, com Amanda Crispim e Nélida Capela.
sábado 26 | 18h às 18h15 —Intervenção com a Slam das Minas SP
sábado 26 | 19h15 às 20h30 —Onde mais houver poesia, com Nalü Romano, Gabriela Soutello, Thalita Coelho, Giovanna Dalla Vecchia D’Assunção e mediação de Luiza Fazio.
sábado 26 | 20h45 às 22h —Divã Philos apresenta: Os olhos d’água e lágrimas insubmissas de Conceição Evaristo, uma homenagem para Conceição Evaristo.
[homenagens e leituras de Conceição Evaristo por artistas, escritoras e críticas convidadas]
sábado 26 | 22h30 —Maranda na Philos [um oferecimento Beck’s]
Identidade cultural.
Assim define-se essencialmente o sentimento de pertencimento humano a diferentes culturas e a distintos grupos sociais. O conjunto de costumes e tradições de um povo, transmitido normalmente de geração em geração ao longo da história, tende a aproximar as pessoas, conectando suas experiências de vida e moldando suas personalidades. É um processo inerente à condição humana. Mas o que acontece quando a identificação cultural de um grupo é destruída? É possível resgatar crenças, hábitos e expressões do imaginário de um povo que foi retirado de seu espaço nativo contra sua vontade?
DOMINGO, 27 DE NOVEMBRO
domingo 27 | 9h às 10h15 —Dramaturgia de mulheres: para além dos limites da forma, com Ana Squilanti, Beatriz Malcher, Paula Dias Conrado e Talita Feuser.
domingo 27 | 10h30 às 12h —Arte do artista: Desvelando a poesia do próprio corpo, com Claire Ribeiro, Sabrina Nóbrega e mediação de Maiara Libano.
domingo 27 | 13h às 14h —Partilhar a língua: Pra onde quer que eu vá será exílio, com Suzana Velasco, Stefania Chiarelli, Kali e mediação de Jorge Pereira.
domingo 27 | 14h15 às 15h —Flor: fronteiras cena—poema—romance com Susana Fuentes e direção de Michele Almeida Zaltron e Luciana Canton.
domingo 27 | 15h15 às 15h45 —Narrativas em processo: Novas percepções acerca do cenário da produção cultural independente no Brasil, com Bia Rodrigues, Debora Ambrosia e mediação de Lucas Fonseca.
domingo 27 | 16h às 17h15 —Processo de observação [e outras formas de parar de acreditar no bloqueio criativo] com Nalü Romano
domingo 27 | 17h30 —Sunset Beck’s no encerramento da Casa Philos
[timetable em breve]
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