Minha composição poética
I
minha composição poética
é o brado que insinua ternura
– arde no ouvido abotoado do despotismo –
combatendo embustes
com verborrágicos hinos de retidão
II
minha composição poética
é a probidade ferrenha versus a iniquidade estabelecida
– propõe devastar muralhas de desamor –
germinando girassóis
em fronts de guerras sem sentido
III
minha composição poética
é o grito que ecoa latente em desertos de sombras
– vocifera bramidos de abnegação –
suavizando em cores claras
a palidez doentia do esfomeado
IV
oh, a minha composição poética!
Almeja – com sua lâmina amolada de altruísmo –
talhar uma nova feição
na face assombradora do fascismo
Marven Junius (Santarem, Pará, 1967). Poeta vencedor do X CLIPP – Concurso literário de Presidente Prudente e do concurso Ruth Campos (2016).
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