a poética do sacrifício ao poema do benefício
Nesta paixão que não,
dá sexta o treze,
entre o anjo o cão,
é d’ele santa,
Era da ação,
já do corpo,
espírito renovação,
Destes tempos só são nós,
filhos e pai,
que lá de trás fez o varão…
Poetas disfarçam,
redes disparam,
aos céus sou a terra,
d’ela testemunho,
Às coisas simples,
firmes decisões,
do suor o punho,
sustentação…
Num todo dos ventos,
com a trípede,
verticalizam os horizontes,
Já cruzados são os mares,
que dos polos se encontram,
pelas matas o refresco,
já do fogo empurrão,
Da carne o fruto,
o gozo leite,
deste vaso a esperança,
renascido de um conto outro ponto,
Da mensagem só o amor,
do serviço, calor,
nestas graças ó verdade,
não d’mente – do coração.
obsessiva compulsão – recuperação
Da desordem ordem,
desforme,
faça-se da luz,
homem,
Vício voraz,
sagaz,
é o sabor do sangue,
amor,
Insaciável descaso,
à mim, para mim, de mim…
são umbigos centros ditos,
são cumpridos sonhos comprimidos,
da fase,
deprimido,
Mudam-se os espelhos,
trocam-se as chinelas,
e delas põe mais pedra na selva,
Longos são os casos,
da seda o prato,
do copo o trago,
da rendição… sala!
Passos guiam recuperar,
tradições ajudam a doar,
conceitos alinham propósitos,
Ao bem-estar o indivíduo,
da unidade amizade,
o recém-chegado…
esperança,
Abraços, risadas, choros,
que arte mais bela a de poder enxergar,
e da doença tratar,
Objetos são adictos,
providos sensíveis,
pelas cascas crostas rasgar…
mais um dia voltar,
Reuniões de um poder superior,
da cadeira,
do café,
da meditação, oração,
Sem muito inventar,
fico aqui,
desse meu dom,
compartilhar.
Fábio Marcondes (Votorantim, Brasil, 1982). Artista visual e escritor. Encontrou nas artes visuais o seu complemento literário. Autor com mais de 3 livros publicados pela Chiado Editora, teve sua entrada no mundo plástico pelo Atelier Pássaro de Papel, junto Carola Trimano, onde descobriu por si as graças das gravuras e pinturas. Hoje atua de forma pontual, com suas temáticas ligadas ao caminho Abstêmio traduz de alguma sorte seus textos junto artes aos caminhos práticos e de comum social. Criou, “invisivelmente” o seu “espaço”, Garuda Inserção Artística, onde expressa estrategicamente “coisas” que compõem uma vida mais fundamenta e substancial aos dicotômicos comportamentos e métodos de existir.