Talismã
Eu armazenei a sorte
No olhar.
Vejo a vida esgarçar
Os limites da matéria.
Vejo as formigas,
Olho para as cigarras;
Vejo os deuses,
Olho para os homens;
Vejo a noite,
Olho para a luz;
Vejo a angústia,
Olho para a esperança;
Vejo o ódio,
Olho para o verdadeiro amor;
Vejo você e me pergunto:
Quem sou eu?
Celso Assolin Martins (Mococa, 1960). Economista (USP) apreciador dos gêneros Poesia e Ensaio.
Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Celso Assolin Martins”