Encontro

Neste mundo de meu Deus
Há muito a apreciar
Uma das coisas mais lindas
Debaixo do sol ou luar
É o mar beijando a areia
E a areia beijando o mar

Ao longe se avistam ondas
Que vem com pressa banhar
A alva areia da praia
Em galope, à beira mar
Chegando, beija a areia
E a areia beija o mar

No céu azul, as gaivotas
Planam a testemunhar
Acham tão lindo o encontro
Da areia e água do mar
O mar beijando a areia
E a areia beijando o mar

O vento sopra suave
Também quer manifestar
A grande contemplação
Do encontro terra e mar
O mar beijando a areia
E a areia beijando o mar

E o céu tão infinito
Tinge de anil o mar
Fica tudo tão bonito
Mistura de céu com mar
Mas o mar só beija a areia
E a areia só beija o mar

E o sol tão majestoso
Dá vida, brilho e calor
Torna-se grande cupido
Dos mistérios desse amor
O mar beijando a areia
E a areia beijando o mar

Gralha azul

Gralha azul pula no galho
Que ela mesma plantou
Pula e canta afinado
Reflorestando o acabado

Azul gralha, gralha azul,
Inteligência tu tens
Parece racional
Cultivando vegetal

Quem pudera que essa ave
Andasse o país inteiro
Fosse plantando esperança
Através de pinhais verdes

Fosse ensinando aos homens
Aqueles já esquecidos
Que devemos preservar
O nosso Brasil querido.


Maria Eunice Silva de Lacerda (Ceará, 1956). Poetisa e escritora cearense, membro do clube de poesia da cidade de Toledo, no Paraná. Artista multipremiada, atuou na área de educação com classes de magistério por cerca de 25 anos.  Tem como lema a frase: Participar é preciso. Vencer, se possível.

Publicado por:Philos

A revista das latinidades

Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Maria Eunice de Lacerda

O que você achou dessa leitura?