artur barrio: o sonho do arqueólogo: …uma tênue linha inexistente… entre dois espaços…existentes …enquanto…que…opostos… a si…

 

Antes da arte, Artur Barrio desejou ser arqueólogo submarino.

Hoje, o artista vive em um barco sobre as águas da Baía de Guanabara e produz de forma solitária. Esquematiza em diversos papéis a possibilidade de uma ideia, que não necessariamente será seguida; tais papéis, no entanto, acompanham-no na realização de cada trabalho. Produz diretamente nos espaços expositivos, sem espectadores.

Possibilita, dessa forma, acessar a reclusão tal qual o homem de Lascaux ou da Caverna de Cosquer, podendo, assim, produzir de forma que as noções de consciência e inconsciência deixam de fazer sentido. Ao mesmo tempo, com o experiente olhar de quem estuda a vida em sociedade, produz para apresentar ao público. Dispensa o valor de culto do homem primitivo e esgarça o campo do possível na arte contemporânea. Ainda que as sensações sejam reais, acessar o seu trabalho pode ser uma experiência quase onírica, surreal.

“Em meu trabalho, as coisas não são indicadas (apresentadas), mas sim vividas, e é necessário que se dê um mergulho, que se o mergulhe/manipule, e isso é mergulhar em si”, escreve Barrio no texto “Lama/carne esgoto”, de 1970.

Aos 78 anos, o artista segue defendendo a experiência através da arte. Sua linguagem se faz no tempo. Seus processos vêm se repetindo em novas formas.

Para a Central Galeria, Barrio produz um monólogo cujo procedimento de elaboração, pela primeira vez, será realizado ao lado dos trabalhadores da galeria. Enquanto Barrio trabalha construindo a exposição, a equipe seguirá em seu trabalho cotidiano de escritório. Segundo o artista, ainda que seja definida uma linha invisível a separar os afazeres de equipe e artista, o processo não deixa de criar uma relação entre as partes pelo estorvo mútuo. O artista pretende ainda colocar em cena pó de café, luz baixa e um texto-lamento, transformando a galeria na caverna de um intelectual que deixa os rastros do gesto selvagem do laboro sobre uma pobre mesa e pelas paredes escritas à exaustão.

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Artur Barrio nasceu em Porto, Portugal, em 1945. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955 e residiu posteriormente em diversos países na Europa e na África, retornando ao Rio em 1994, onde vive e trabalha desde então. Foi vencedor do prestigiado Prêmio Velázquez em 2011 e representou o Brasil na 54ª Bienal de Veneza no mesmo ano. Seu extenso currículo inclui ainda a 11ª Documenta de Kassel (2002), a Bienal da Coréia do Sul (Kwangju, 2000) e a Bienal de Havana (1984), além de diversas participações na Bienal de São Paulo (2013, 2010, 2004, 1998, 1996, 1994, 1985, 1983 e 1981). Já realizou individuais em instituições como: Museo Reina Sofía (Madri, 2018), Museu de Serralves (Porto, 2012 e 2000), Museo Tamayo (Cidade do México, 2008), Palais de Tokyo (Paris, 2005), FRAC (Marselha, 2005) e MAM Rio (Rio de Janeiro, 2001), entre muitas outras. Suas obras integram importantes coleções públicas, como: MoMA (Nova York), Centre Pompidou (Paris), SMAK (Gent), Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto), Inhotim (Brumadinho), MAM Rio (Rio de Janeiro) e Pinacoteca de São Paulo (São Paulo), entre outras. 

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Ao redor desta instalação constitui-se a exposição homónima no Centro internacional das Artes José de Guimarães [CIAJG], reunindo vários outros trabalhos de Artur Barrio. Uma excelente oportunidade para conhecer ou revisitar esta obra, que é das mais originais da cena contemporânea internacional. A seguir apresentamos uma entrevista exclusiva feita com Artur pelos curadores da mostra Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre:

Interminável, que agora se remonta pela quarta vez no CIAJG, é uma instalação “impermanente”. A sua força é a do “aqui e agora”, dos materiais perecíveis: os cheiros, a luz, as texturas, a atmosfera que se cria no espaço. Esta atmosfera produzida pelas tuas instalações é o teor de verdade, construído sempre numa tensão entre algo que se revela e se oculta continuamente. Desfeita a instalação, ficam os Regist(r)os, que são um suplemento, algo que sobra… Esta dialética, entre a verdade de um momento e o que sobrevém enquanto inscrição, é, aliás, recorrente no teu trabalho. Por outro lado, determinaste que Interminável existirá enquanto tu existires e acabará quando tu acabares em vida. Fala-nos como surgiu este trabalho…

… surgiu de todo um longo caminhar tendo como acelerador máximo 4 dias 4 noites. Mas o espaço mudou, não mais externo, mas sim interno. Experiência número 1 inicia o vislumbre … criar no local, sem projetos ou ideias pré-concebidas, um piso cinza, quatro paredes e um teto branco … rastros nas paredes … mais tarde … Desígnio … mais tarde …. … muito mais tarde … Interminável. Sessenta anos para agora fazer este “novo”Interminável no CIAJG/Guimarães/Portugal

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Fala-nos sobre a relação entre a tua performance deambulação-situacionista 4 dias… 4 noites… e Interminável?

………… interessante a tentativa de enquadramento da pergunta referente à associação de 4 dias 4 noites a performance-deambulação-situacionista (sic) já que o Situacionismo não passa de uma deriva do Surrealismo, a performance geralmente está muito mais relacionada à catarse do que propriamente a 4 dias 4 noites este, sem público, sem lugar específico de apresentação ou de representação foi um caminhar especificamente preciso, solitário, e não em grupo, como os Surrealistas e Situacionistas o fizeram em suas deambulações. A relação de 4 dias, 4 noites existe enquanto prospecção da experiência vivida no caminhar realizado em 1970 e que somente três décadas mais tarde começa a delinear-se no surgimento de Interminável. … aconteceu paralelamente a Information e com isso foi criada a ideia relacionada à presença física do autor da Situação T/T,1 (1970) e não unicamente os Regist(r)os dessa situação na inauguração da mostra o que, evidentemente, não resultou.

A preparação de um trabalho como Interminável requer esforço físico e concentração. Como enfrentas este trabalho a cada remontagem? O que fica e o que muda?

… os materiais são sempre os mesmos, a criação não, portanto muito distante de uma banal remontagem. Ficam alguns materiais não perecíveis que o S.M.A.K. resolveu guardá-los já que Interminável faz parte da sua coleção. O que muda é a relação com o espaço… tento evitar de me envolver ou de seduzir-me pelo apelo estético durante o processo criativo do Trabalho mantendo e preservando o lado selvagem do gesto … … é um fazer/criar … exaustivo … mente corpo / função única.

Quando recordas a tua juventude no Rio de Janeiro, mencionas amiúde as leituras que te marcaram, dos Surrealistas a Marquês de Sade, por exemplo. Tais referências inspiraram o teu caminho, e manifestam-se na recusa por quaisquer conceções utilitárias da arte. Ao mesmo tempo, nos anos 60 e 70, diante dos “anos de chumbo” da ditadura militar brasileira, vivenciaste um contexto onde a arte foi um canal de guerrilha e denúncia da violência. Era um momento de necessidade de eficácia e pragmatismo. O teu trabalho Livro da Carne plasma estas duas dimensões, poética e política, sem que nenhum dos significados se anule, antes expandem-se mutuamente como uma metáfora. Que lugar defendes hoje para a arte?

…………….. sinto-me em uma caverna olhando, observando, vendo … a olhar, a observar, a ver … a origem … 35.000 ou quem sabe, 75.000 anos depois nesse fragmento de pedra com alguns traços avermelhados feitos por uma mão anônima …………………………………….. fragmentos de garras de urso e de dentes inseridos na frestas das paredes, no teto, uma grelha desenhada, traços, pontos, pigmentos a partir de terra ou de plantas maceradas, ossos ocos, figuras de animais, composições, etc. / …. esse é, por excelência, o lugar da arte.

Em 1974, voltaste a Portugal, pela primeira vez, em plena Revolução dos Cravos. No CIAJG são mostrados alguns registros de ações realizadas nessa época, como por exemplo Áreas Sangrentas, em Viana do Castelo, com um grupo de mulheres que vendia peixe na rua. Os registros desta ação têm a alegria de um encontro muito desejado. Fala-nos das tuas impressões sobre esse teu país “estrangeiro”, Portugal?

… um país incompleto envolto por uma ideia presente no som e letra de Grândola Vila Morena … sim, que alegria. Minha primeira saída do Brasil, do Brasil dos generais, mas desta vez a viagem foi de avião, aeroporto de Lisboa, Junho, percurso até o Hotel, na TV o processo da Revolução dos Cravos em marcha, debates, ideias, imagens, um novo que se impõe à tradição do antes, o rádio fusiona entre chamadas e gritos de alerta e nas ruas respira-se em meio a grupos de pessoas que discutem acaloradamente o agora, o aqui e, assim, foram os primeiros momentos no retorno à terra onde nasci … à tarde fui ao cinema Londres ver “Belle de jour” sem censura e no dia seguinte “La grande bouffe” após o que no ir e vir a observar e a escutar e participar nesse momento histórico; não conhecia ninguém em Lisboa e muito menos no que toca ao meio da arte local, mas, o que importava? Mas agora a sensação era outra neste encontro comigo mesmo não mais no imaginário mas em um Portugal liberto, o fim do Império Ultramarino, no retorno a si mesmo, sem mais além mar. Subi ao Norte, a Mindelo onde fiz o trabalho “4
Movimentos” antecipando de uma certa maneira “Áreas Sangrentas” … estamos no verão de 1974 e ao longo desses meses, fiz outros trabalhos, “4 Pedras”, “Sargaço”, “Armadilha”, etc. Em 1975 estou em Viana do Castelo nos “Encontros Internacionais de Arte” em Portugal organizados por Egídio Álvaro e Jaime Isidoro, prolongamento desses encontros no Palácio dos Coruchéus / Lisboa onde realizo o trabalho Reconstrução da C(s)elha … em pleno Verão Quente, eletricidade estática fortíssima nas ruas da capital … ….

A experiência de África, vivida na infância, parece ter sido marcante, é uma parte relevante do teu imaginário poético (veja-se Marfim Africano, 1980/81). Há uma frase de Godard em História(s) do Cinema que gostaríamos de trazer para esta conversa. A certa altura, ele diz em off: “Na África eu perdi o silêncio. Eles têm mil sons: a guerra, os animais…”. De certa maneira, das poucas vezes que falaste sobre a tua estadia em África, mencionaste algo nesta direção, relacionado à perda do silêncio, à perda da inocência. Faz sentido? Fala-nos um pouco sobre esta tua experiência.

… de uma certa maneira a viagem a Angola e estadia por 6 meses foi o meu primeiro choque cultural; a saída de Lisboa pelo paquete “Pátria”, a passagem pela Ilha da Madeira e seus mergulhadores no mar azul, a tempestade no Golfo da Guiné e princípio de incêndio na sala de cinema, a rápida paragem na Ilha de São Tomé com acesso a terra por lanchas ligeiras em meio ao mar revolto e presença visível de tubarões Carcharadon Carcharias e finalmente, a chegada à enseada de Luanda. Uma pequena estadia e logo depois uma longa viagem de comboio até Bela Vista / Ambriz / Bengo … estamos em 1952. Um entreposto de cereais composto por algumas casas tendo ao centro uma rua de terra batida varrida todos os dias por uns dez a quinze homens vestidos por farrapos, acorrentados aos tornozelos; silêncio cortado pela sonoridade e arrastar dos grilhões e pelo som das vassouras de galhos finos varrendo um lixo inexistente …… de cada lado desse grupo de prisioneiros dois (c)sipaios, altos, uniforme cáqui, fez vermelho, bermudas, fuzil com baioneta calada. Raramente, mas aconteceu, retiravam um do grupo e com ele desapareciam na mata, silêncio cortado por disparos de arma de fogo. Caminhões carregavam e descarregavam sacas e sacas de cereais, dia após dia, os carregadores na hora do almoço (sic) faziam uma fogueira e em pequenas latas cozinhavam farinha com água e sal, comiam o pirão acompanhado por uns pequenos peixes secos, salgados; … antes e depois, torso nu, sacos nas costas, carrega, descarrega, carrega, som de cantilenas quase que murmuradas no silêncio soturno de um dia como todos os dias. Contacto com os da minha idade, a descoberta do barro negro perto do rio, brincando de fazer bonecos de barro, bichos de barro colhido nas bordas desse rio, formas em barro, risos e correrias. As pequenas esculturas em madeira feitas pelos adultos, o ver e visitar as cubatas, a maneira de ser e estar na floresta, a noite, os ruídos noturnos tão diferentes da quinta em Portugal, os pássaros, os animais, África, magia, arte ….

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Uma das linhas de força no teu trabalho é o mar e a sua incomensurabilidade. Não é só a superfície onde se navega que te interessa, mas a profundidade, de onde resgatas, através do mergulho, uma série de imagens, sensações, objetos e relíquias naufragadas. Por outro lado, o lixo criminoso que polui a baía de Guanabara é reprocessado no teu trabalho. Além disso, o barco é a tua casa. Que liberdade é essa que encontras perto do mar?

… mecanismos do tempo, da percepção, do olfato, do ver … estar em um outro espaço sensorial … sair do corredor do ir e vir desse quotidiano de obrigações estapafúrdias inerentes à alienação da vida … surge o mar enquanto espaço poético, desafiador, libertário … o princípio como princípio de si mesmo em outro estágio de vida, ou seja, utilização da experiência resultante desse contacto / viver no com o mar para a aceleração da ideia a partir de um mar que nunca é o mesmo para uma arte que nunca é ou será a mesma por encerrar em si o momento inerente a cada gesto.

Em várias instalações, como por exemplo O Sonho do Arqueólogo (1982-1995), trazes elementos do mar para dentro do trabalho — sal, peixes, areia, material encontrado nos mergulhos — sempre dando-lhe uma densidade poética. É como se houvesse nas instalações uma extensão dos materiais da tua vida quotidiana. Como escolhes os materiais? Essas escolhas são, muitas vezes, realizadas no processo de montagem do trabalho? Tudo começa com as anotações e os cadernos que depois transportas para o espaço? Ou há caminhos e processos diferenciados para cada instalação?

… há sempre um caminho / processo diferenciado para e em cada Trabalho. O que está escrito / pensado / anotado nos CadernosLivro geralmente não é utilizado diretamente no a fazer no espaço, serve apenas como base ou trampolim para o salto criativo, ou não. Os materiais são escolhidos através do maceramento da ideia e suas ramificações possíveis … O impossível possível.

Uma parte importante da experimentação na arte moderna (de Joyce, de Duchamp, de Beckett, de Lispector) esteve ligada à condição do exílio, da desterritorialidade, assumindo uma certa equação entre liberdade e não pertencimento. Neste aspeto, vemos o teu trabalho seguindo essa tradição, mas desdobrando-a a partir das estratégias da arte conceptual que assumiam a efemeridade como potencialização/ reinvenção de uma experiência estética que parecia capturada pelo fetiche do objeto e do mercado de arte. Faz sentido situar o teu trabalho como um desdobramento contemporâneo dessa tradição experimental moderna?

… por justamente a ter ultrapassado abrindo outras portas, penso eu que a produção dos nomes acima citados já não mais façam parte da grande tradição experimental moderna … quanto a mim sinto-me um tanto quanto deslocado em relação à grande tradição experimental moderna ainda que contemporâneo. O autoexílio como forma absoluta de situar-se no mundo, em um mundo sem fronteiras … ainda que o mundo não o seja …

O teu processo criativo, por um lado, parece marcado pela solidão, por um autoexílio que te retira intencionalmente da algazarra do mundo da arte; por outro lado, traz todo um imaginário ancestral que remete aos gestos de Lascaux, de Altamira e de África, do Brasil eternamente agónico, de um Portugal profundo, ou seja, o teu trabalho está povoado por uma vontade poética que é, acima de tudo, vontade de vida e de expressão, uma vontade de diálogo onde se cruzam tantas temporalidades. Com quem conversa Artur Barrio na sua obra? Quem é o teu público?

… solidão que fosse monólogo o é.
Os que não estão condicionados aos limites de sempre. Os que
não estão condicionados ao lucro ainda que.
Os que pensam.
Os libertários.
Os artistas
Os poetas
…………………. etc.

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Várias vezes mencionas a escavação, a arqueologia, o mergulho. O que significa o “desconhecido interior” (expressão tua)?

… o inconsciente / subconsciente … o poço no qual estão acumulados fragmentos vividos em “4 dias 4 noites”, lembranças associativas perdidas na memória, sonhos, “O Sonhodo Arqueólogo”, o transbordar desse poço, a escolha dos elementos que compõem esse transbordamento, a liberação automática de uma escrita sem pontos, vírgulas, parágrafos, o mergulho em outra dimensão, o mergulho em si mesmo tendo como retorno à superfície os “materiais” a serem usados.

Voltando à ideia da caverna, lembremos que sair de caverna significou, desde a Grécia, emancipar-se da nossa subserviência. Talvez seja o momento de repensarmos este movimento. O teu trabalho parece querer habitar a caverna, perceber a emancipação como uma composição junto à materialidade das coisas, aos afetos que nos ligam à terra, à vida orgânica, ao corpo. Divagamos por um pensamento e uma poesia da caverna, uma razão das sombras. O que te parece?

… nas entranhas da caverna não há sombras, só escuridão. Ao acender-se das luzes percebe-se inscrita nas paredes da mesma e nas fendas inserções de fragmentos de ossos, dentes, rasgos na argila, desenhos, pinturas, grelhas de um passado longínquo, nós mesmos, mas tão próximos e tão dentro dessa caverna ainda nos encontramos na situação atual ou melhor nesse mundo de sempre, nessa Europa de sempre, nesse conflito denominado guerra tão comum tão inerente ao ser humano um deus dele mesmo poderoso o suficiente para eliminar a vida neste planeta azul e dessa eliminação a cada momento aparentemente mais próximo, haverá um vencedor, a morte.

Há quase 30 anos que vives com a artista Cristina Motta, uma cúmplice de tuas aventuras marítimas e algumas vezes também uma parceira de trabalho. Fala-nos um pouco sobre essa convivência.

… sim, também uma parceira de trabalho, principalmente o de fazer os Registros desse trabalho. Imensa fotógrafa com caminhar próprio. Beijo profundo que dura 30 anos … Paixão!

[nota do editor] Este texto foi escrito em português do Brasil. A entrevista foi concedida em fevereiro de 2023 por Artur Barrio a Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre, curadores da exposição individual de Barrio, Interminável, no CIAJG: Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Portugal.

Artur Barrio –o sonho do arqueólogo, detalhe do croqui, foto de Cristina Motta (2023)

Serviçoexposição Artur Barrio: O Sonho do Arqueólogo: …uma tênue linha inexistente…entre dois espaços…existentes…enquanto…que…opostos…a si…, a partir de 20 de maio, das 11h às 17h, na Central Galeria, Rua Bento Freitas, 306, Vila Buarque, São Paulo. 


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Publicado por:Philos

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