Na seção de artes visuais da Philos, apresentamos a mostra fotográfica “Mogol: o ninho da raposa amarela”, pelas lentes de Maria Bitarello.

A 33km de Ibitipoca, em Minas, está o arraial do Mogol. Antigamente, 15 casas eram habitadas, havia um bar. Hoje, 9 casas ainda abrigam famílias. A escola fechou. A igreja está de pé. Ela guarda as imagens dos santos que sobreviveram à queda da capela que havia no alto do Pico do Pião, dentro do Parque Estadual do Ibitipoca.

Uma vez por mês, um médico visita o arraial. Pra fazer compras, as famílias esperam o ônibus para Lima Duarte, que sobe a cada 15 dias. Os habitantes do Mogol têm um sotaque próprio; cantado. Gostoso que só. “Aqui é o ninho da raposa amarela”, diz Rita.

Os personagens dessa mostra são Lucinha, Rita e José, Dona Maria (do pão de canela de Ibitipoca) e Josué da cachaça Fortes. Todos os registros foram feitos com uma Canon AE-1/Negativo Kodak Portra 400.

 


Maria Bitarello é colaboradora da Philos, escritora, tradutora e jornalista mineira radicada em São Paulo desde 2012. Mestre em Literatura Luso-Brasileira pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), integra a companhia Teatro Oficina Uzyna Uzona. Tem dois livros de crônicas lançados: “Só sei que foi assim” (La petite ferme, 2014) e “O tempo das coisas” (In Media Res, 2018).

Publicado por:Philos

A revista das latinidades