Tardia e calma
retido
ao rumor do escuro.
no aguardo
do sol que levanta
zonzo
sonolento de estrelas.
beirando o mar
descobrindo novas ondas
que dissolvem mais
e chegam mais
cada vez mais
perto de meus pés.
gaivotas que bicam
tropical de moreias.
no desbotar dos olhos
descolorir dos pelos.
desmanchando o sal
pelos corais, nos recifes
pelo oco
nos ventos do amanhã.
Alves Candeira (Belém, 1996). Apaixonado pela filosofia crítica e a força da simplicidade, procura mostrar o peso de cada palavra num conjunto de estilos literários diversificados.
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