Valente sim
E disse que eu gostava de palavras
que era recheado de capricho uma simples afirmação
Até antes de ontem eu não entendia nem o que era capricho
e com o desconhecido eu fui elogiado
Disse que foi gradativamente e de repente
Mas realmente
eu costumo cativar
mas nem sempre lembro de ser cativado
E não me apego por que não gosto do termo pegar
Prefiro cuidar, me doar, acariciar
E assim como tatuagem, grudou em mim
Se fixou, criou morada
Não pestanejei e permiti,
e desse modo, mesmo com a gaiola aberta,
resolvi ficar aqui
E eu que sempre me achei valente, fui perceber
que valente era ela, não eu
Valente sim, Valentim
Vinícius César (Recife, 1998). Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco. Autor de muita poesia até então desconhecida; um sonhador bastante realista. Um projeto.
Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Vinícius César”