Poema sem título
Estou parado em frente ao espelho
Concentrado, encaro o meu reflexo
Procuro em mim o que só você viu
Nada encontro que valha tanto
Muita barba e poucos cabelos
Um olho maior que o outro
Um nariz um pouco torto
Um ar pobre e infeliz
Encarando-me, você diz:
“Você é um lindo poeta”
Acho que a poesia o olhar entrega
Quanto a beleza vista em mim
Deve ser verdade o que dizem
“O amor aos amantes cega”
Sorte minha ele ser assim.
Francisco Carvalho (Maceió, 1988). Escritor, contista e poeta; é professor de História nas horas vagas.
Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Francisco Carvalho”