Elo
Teu amor é uma mancha escura,
Incômoda à minha solidão;
Istmo entre a vida e a morte,
Ruído musical que me atropela
E pede o que tenho de vulgar:
Meu vulto, minha vulva, minha volta,
Reveste de cal a tristeza,
Química pacificadora,
E me detém
Na pontinha do anzol em que estou içada,
Presa pela epiderme, desguarnecida,
Diminuta
E contudo amante.
Victória Monteiro (Arujá, 1996). Um pouco de Clarice, Hilda, Ana C., e muito de mim.
Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Victória Monteiro”