Faça um favor a si mesmo: ouse brindar pelos risos incontidos que der, até mesmo quando o tempo ou as pessoas não estiverem a favor de seus atos. Brilhe, cante, dance, fale, ouça, brigue, discuta. Não importa quão vagas sejam as suas palavras, ou quão descoordenados sejam seus passos, apenas tente. Não desista da vida, tampouco de percorrer o caminho que lhe parece viável traçar. Corra atrás do que quer, una a você mesmo a serenidade, a paciência e a prudência que se faz ausente. Decida o que achar melhor, enfrente quem lhe for oposto. Se achar coerente fazer de seus dizeres história, guerreie. Transforme-se não em apenas um humano ou talvez em máquina de recursos, mas seja além, um possuidor da sabedoria, dos dons da magnificação, da amplitude. Seja eufórico, brinde a ousadia, clame a Deus se ele existir. Peça, implore, chore, desabe em soluços e lágrimas. Engrandeça-se nos pesares e cresça. Mude e evolua. Mas acima de todas as coisas que nos dignificam, seja você mesmo. Talvez sagaz, talvez rude, talvez incoerente, talvez tolerante, paciente, ou então, frustrado, decepcionado. Negativista ou positivista. Seja tudo, seja nada, seja terno, seja denso. Seja simples, seja complexo. Mas, seja. E jamais se permita manter-se vazio por um longo período, não se mantenha estável. Mude, reorganize, ou então, apenas erre. Talvez caia, mas levante-se e siga em frente. Sozinho. Sem pesos e empecilhos!


Julien Karine da Rosa Hoff (São Paulo, 1990). Escritora amadora e admiradora dos devaneios humanos.

Publicado por:Philos

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