Apresentamos as artes das capas da nossa edição de primavera para o editorial “Como incorporar a revolta?” Tratam-se das obras “O ditador dourado” e “O poder e o povo”, da artista plástica expressionista Marina Caram (Sorocaba, 1925 – São Paulo, 2008).

Marina foi uma pintora, escultora, desenhista, gravadora e ilustradora brasileira. Suas obras fazem parte de acervos do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu de Arte Brasileira (MAB), do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC) e da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina).
A escolha da artista para as nossas capas, vem em um momento muito especial para a história da arte e de sua produção: o surgimento do espaço cultural Casa Marina Caram, criada pelo seu filho Luiz Caram e sua nora Ivanete Agrapio Caram, a partir da coleção pessoal de Marina. Fundando assim a instituição, para incorporar e preservar a obra e memória da artista em seus acervos. Para Sebah Franco, diretor da CMC:
A Casa Marina Caram é mais que um espaço de arte, é inaugurar na própria casa onde a Marina morou e produziu quase todos os seus trabalhos, um reduto para sua memória.
E muito honradamente a Philos tem a alegria de participar da construção deste formidável conjunto de coleções e obras completas da artista, com informações valiosas e conhecimento sobre a atividade artística, literária e da construção social de um período importante para o expressionismo nacional.
Parte das nossas iniciativas em parceria com a Casa Marina Caram incluem a difusão da obra e vida da artista, que se inicia com a publicação de um dossiê especial em nossos cadernos. Aqui, apresentamos brevemente um trecho de carta para a crítica, escrita em 1966, por Pietro Maria Bardi, fundador e então diretor do MASP:
“Marina continua sempre ela mesma, sem borboletear de uma flor seca para outra igualmente seca. Surgiu figurativa, romântica e agitadora em prol de uma ideia social; continua tal qual, como uma missionária que repete suas orações, cumprindo suas tarefas simples e firmemente. […] O pessoal estava ocupado, naquele tempo, em São Paulo, em fazer sapatos para as formigas de Max Bill. Marina continuou. Continua. […] Hoje Marina é artista social. As novas ideias que surgem no horizonte brasileiro, do qual é de se esperar que a escravolândia artística desapareça, são sempre mais “sociais”, generosas e empenhadas.”
O especial completo do Dossiê Marina Caram, você acompanha no site da Philos em dezembro e também em nossas edições impressas de primavera-verão. Até lá, acesse o site da Casa Marina Caram e conheça mais sobre a artista.
