Anfiteatro de sombras
a propósito de minha cabeça de vento
megatons de incertezas [voix crepusculaires que jazem em
meu horto de girassóis petrificados]
(brados longínquos a adornar – melancólicos – as esquinas desalumiadas)
punhais de iniquidade
atassalhando a carne puída do campesino [canções de guerra
que se ouvem em vilas longínquas]
apatias e luas fenecidas
valas comuns de incertezas [sorrisos amarelecidos
de saltimbancos macambúzios]
oh, maldita sensação de morte – essa que amanhece comigo –
justo quando os primeiros raios de sol
adentram sem cerimônia meu anfiteatro de sombras!
Marven Junius Franklin (Santarém, 1967). Poeta 2° colocado no Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio CNNP 2017. Menção honrosa no Concurso Literário de Literatura Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil (ALACIB) e Vencedor do X Concurso Literário de Presidente Prudente – Ruth Campos.
Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Marven Junius Franklin”