aos 50
o sol nascendo
é um espetáculo minúsculo de tempo, de beleza um mar
que logo vira aquele céu de sempre o começo
do céu
da manhã, os primeiros raios com rastros de lua,
por eles é preciso estar de olhos
abertos, eles ensinam a coragem que eu nunca vi. Guerras
mortes
latrocínios acontecem e o sol nascendo por cima de
tudo não importa ontem quem morreu.
a partir das 6 da manhã muda, vira escritório, rotina,
banco,
muda também na gente que ainda que coma
da melhor comida
caga e mija
10 minutos depois.
Aline Bei (São Paulo, 1987). É formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena. É editora e colunista do site cultural OitavaArte. O peso do pássaro morto é o seu primeiro livro.