O RESTO
Pesar o feito do suor desassossego
Tempo que passo carregando a pena leve
Desperto certo do desperdício
E não há mundo que aceite a minha sobra
Insatisfeito reconheço a ingratidão
Desencontrei e me importa onde seguir
Fugi do resto e entretanto eu era ali
Pesava justo o que a venda me lucrava
Antes o leve era o norte e eu remava
Agora a força necessita corpulência
Eu quero espaço que aceite o ensejo
Vontade nobre de perder todo o meu tempo
Se sobra hora, estala móvel no silêncio
Que feche o cerco e eu me junte além de mim
…de Portugal, William Manfroi nos escreve os seus versos atlânticos.