
Comentários: Esta obra faz parte das minhas primeiras monotipias, quando descobri a técnica sem nunca antes ter ouvido falar da mesma. também estava fazendo alguns desenhos de observação, por isso a mão. o fogo era uma mancha prévia feita pelo meu filho numa folha de rascunho, na qual depois limpei uma espátula. A frase-título batida à máquina, surgida mais de um ano depois do desenho, me deu a sensação dele estar completo.

Comentários: Desenho de observação a partir de foto encontrada na web, feita sobre página de um antigo livro em francês das fábulas de La Fontaine.

Comentários: O desenho é o esboço original para a primeira (e único) xilogravura de matriz dupla que eu fiz. este mesmo esboço originou diversas outras obras, tornando-se, inclusive, capa do meu primeiro livro de poemas, enquanto você toma rumo, eu tomo rum. A versão aqui apresentada, com seu fundo escurecido digitalmente, foi criada para presentear um amigo, resultando em uma impressão grande em forma de lambe-lambe colado sobre madeira.

Comentários: após o término do meu casamento, mudei para uma pequena & curiosa casa construída como que incrustada em um morro, o que lhe conferia um ar misto de “caverna” com “casa de Hobbit” — por isso o título da série, “curando o coração na caverna”. este trabalho é integrante da série que realizei durante os dois anos que vivi lá, vindo a ser concluído (e por mim descoberto/conceitualizado) quando mudei para a casa na qual atualmente moro. Em comum as obras apresentam o uso de texturas obtidas com diversos materiais como lixas, mármore em pó, vernizes, isopor e demais materiais que me surgiam.

Comentários: a imagem original consiste em uma foto do meu filho mais velho na casa de sua avó, em registro digital feito por sua mãe. Imprime a imagem em casa para testar uma nova impressora e borrifei água sobre a imagem, lhe conferindo este ar abstrato e de desmaterialização físico-temporal à cena.

Comentários: Xilogravura formada por duas matrizes distintas (cenário e personagem), adicionando um pintinho recortado de um antigo colchão de bebê rasgado.

Comentários: como (quase) sempre feito de forma casual, rabisquei com lápis uma folha, comecei a colar papéis que seriam descartados (o fundo preto) e então percebo que se manifestava, um homem com uma criança no colo com uma cidade ao fundo. a fita de São Google e as folhas que cobrem o pai haviam sido presentes recentes e estavam sobre à mesa, sendo naturalmente incorporadas à obra. ao mostrar para uma primeira pessoa, percebi que — de forma inconsciente — a obra pode ser considerada ser autobiográfica, dada as semelhanças entre os personagens apresentados e o artista com seu filho pequeno.

Comentários: novamente interpretada por pessoas próximas à mim com uma autoreferência (esta também insconsciente), a obra começou com esta espécie de homem-lobo, ganhou bandeirinhas ao fundo e balões com diálogos aleatórios. tudo junto & pronto, quando buscava um título me veio esta referência ao filme Um Lobisomem Americano em Londres, que somado aos balões em inglês trouxeram novas possibilidades de leitura desta imagem.

Comentários: Um dos raros casos onde título e ideia surgem antes da imagem — a frase-título surgiu no ateliê quando percebi que um amigo tinha o hábito de não fechar a tampa da garrafa térmica, tornando-a inútil. Utilizando uma folha sulfite previamente desenhada pelos meus filhos como suporte, pela monotipia inseri a garrafa e o texto à obra, que me remete à um cartaz ou coisa que o valha.

Comentários: Monotípia feita sobre folha de sulfite previamente utilizada para teste de impressão em uma impressora caseira. A vela foi o 1º elemento da imagem à surgir, dando origem a obra de teor metafísico.

Comentários: minha primeira xilogravura, aqui impressa em três cores. o desenho foi feito de forma espontânea, sem nenhuma concepção prévia. depois de pronto, um amigo próximo fez a leitura de que a obra representa o sumiço do Osso, meu gato, que passou cerca de 15 dias fora de casa — período que a obra surgiu — e depois retornou. o cão representa um cachorro que surgiu em casa neste mesmo período. originalmente intitulada “o adeus do Osso”, como o seu retorno o “pseudo” foi acrescentado ao título.
Bagadefente (Ourinho, São Paulo, Brasil, 1984). É criador multimídia, escritor, artista visual & videomaker; produtor cultural, arte-educador & por aí vai, sempre utilizando o Acaso como sua principal ferramenta criativa. Em 2011 trocou o cinza da cidade pelo verde do campo e desde então vive na zona rural, dedicando-se à sua produção artística autoral e atuando profissionalmente como roteirista/redator, videomaker e artista gráfico freelancer. Também se dedicada à publicação independente através da sua microeditora artesanal, a Livros do NADA. Seus trabalhos podem ser conferidos no site http://www.nada.art.br.
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