A arte literária é instância de conhecimento e percepção social, de si e do outro, é interrogação sobre o significado das coisas, da própria existência. O homem se confunde com as palavras mesmo quando produz sua “obra copiosa”.
Sobre a arte da imitação, Aristóteles em sua Arte poética afirma que a poesia é uma imitação pela voz e distingue-se assim das artes plásticas que imitam pela forma e pela cor. Aqui imitamos, ou melhor, expandimos pela voz, formas e cores os aspectos múltiplos de nossos artistas.
Nesta primeira edição do ano 3, fazemos a inclusão das perspectivas de fora do quadro, deixamos as linhas soltas para que sejam amarradas na compreensão de cada leitor, de cada admirador que participará ativamente da construção de uma ideia de arte na contemporaneidade.
Esta primeira edição está repleta de novidades: serão duas opções de capas feitas pela artista francesa Ingrid Maillard. E além do novo formato editorial e gráfico, teremos o lançamento de dois cadernos do nosso Dossiê de Literatura Neolatina, com obras das artistas brasileiras Juliana Bumbeer e Eni Ilis.
A história da sociedade pernambucana é recontada pelos sujeitos autores das cartas de leitor pela historiadora Andrea de Souza e Silva como parte do projeto “Identidade e Memória em Manuscritos e Impressos Pernambucanos: língua, história e cultural através dos textos”, fomentado pelo Sistema de Incentivo à Cultura do Governo do Estado de Pernambuco (Funcultura, PE).
Reflexões humanas sobre as coisas simples são trazidas à tona nos breves e impactantes textos de Herta Müller e Jostein Gaarder, gentilmente cedidos por Quint Buchholz; que apresentam-se transcritos na sessão de literatura espanhola.
E por falar em reflexões, os nossos novos colunistas fazem desse editorial um espaço crítico e de reflexão de nossa contemporaneidade. Costuram-se nessas páginas, um a um, os pensamentos e anseios de cada colunista, que conversam com os nossos leitores e permeiam os debates de nossa sociedade; a saber: os brasileiros, Leandro Jardim, Kátia Gerlach, Manuela Eichner e Caio Lobo; o espanhol, David Ortega; as venezuelanas, Oriette D’Angelo, Diana Moncada e Cristina Gálvez Martos; a portuguesa, Helena Barbagelata e, a italiana, Daniela Balestrero. Esses nossos colaboradores de diversos países, escrevem e transgridem em suas línguas de origem, e a Philos faz ecoar essas transgressões nas outras tantas línguas latinas do ramo a que pertencemos. No front da fotografia temos a coluna lusófona dos nossos colaboradores José Domingos e Magda Fernandes, da Imagerie. As fotografias exclusivas do projeto “Wunderkamera” estão disponíveis em nosso site oficial.
O plurilinguismo artístico da Philos advém do nosso não conformismo a regras. Sobre o nosso papel de integrar diferentes vozes e possibilidades, bradamos a obra de Runa Islam: «Seja o primeiro a ver o que você vê como você o vê!»

Leia na Philos:

Cien granos de maíz, por Herta Müller
El horizonte, por Jostein Gaarder
A armadilha gramatical, por Caio Lobo
Autorretrato (des)materialização da imagem, por Magda Fernandes e José Domingos
Sinuca, por Leandro Jardim
Às portas de Januário, por Helena Barbagelata
La ciudad salvaje, por Cristina Galvéz Martos
El espejo en el siglo XXI, por David Ortega
Apuntes sobre la escurridiza pregunta del ¿para-qué-escribo?, por Diana Moncada
La vida en dos lenguas, por Oriette D’Angelo
A mar – um conto de areia, por Cristina Bresser de Campos
Pedro cabano, por João Savino
Grifone, por Alberto Arecchi
O autônomo e o autônomo, por Léo Ottesen
Os outros somos os carcereiros, por Ana Farias
O que é a justiça, por Roger Claus
Expresso da noite, por Ilda Pinto
Il paesaggio con le lanterne, por Daniela Balestrero
A cidade do Recife escrita pelos sujeitos autores das cartas de leitor: uma cidade, muitas histórias, por Andrea de Souza e Silva

Dossiê de Literatura Neolatina

Mostra de poesia francófona, por Jules Delavigne
Mostra de poesia lusófona, por Thássio Ferreira
Mostra de poesia lusófona, por Helena Barbagelata
Mostra de poesia lusófona, por Diógenes Veras
Mostra de poesia lusófona, por Grasiela Fragoso
Mostra de poesia lusófona, por Journey dos Santos
Mostra de poesia lusófona, por Lucas Apotiguara
Mostra de poesia lusófona, por Silvio Liorbano
Mostra de poesia lusófona, por Bárbara Albuquerque
Mostra de poesia lusófona, por Lenice Melo
Mostra de poesia lusófona, por Larissa Galbardi
Mostra de poesia lusófona, por Caio Maciel
Mostra de poesia lusófona, por Ana Wiesenberger

Artes visuais

Pinturas e platibandas, por Anna Mariani
Cuerpo, natura y política, por Ender Rodríguez

Issuu

Acesse a nossa publicação na plataforma do Issuu.

Dossiê de Literatura Neolatina
Dossiê de Literatura Neolatina por Juliana Bumbeer
Dossiê de Literatura Neolatina por Juliana Bumbeer
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Dossiê de Literatura Neolatina por Eni Ilis

Já estão disponíveis as duas versões alternativas para o nosso caderno especial com o Dossiê de Literatura Neolatina, ilustrados com os trabalhos das artistas brasileiras Juliana Bumbeer e Eni Ilis. Nos cadernos, apresentamos as nossas Mostras de Poesia lusófona, espanhola e francesa.
Desejamos uma ótima leitura!

Download/Descarga
1
Philos (Versão alternativa 1)
2
Philos (Versão alternativa 2)

Uma de nossas duas versões alternativas da edição foi censurada na plataforma do Issuu. Dessa forma, para realizar o download, clique nas imagens das capas para ter acesso ao material. Como parte do lançamento da edição em novos formatos, apresentaremos os cadernos do Dossiê de Literatura Neolatina com ilustrações de Juliana Bumbeer e Eni Ilis no próximo dia 1 de fevereiro.

Philos, toda matéria vira arte.

Publicado por:Philos

A revista das latinidades

3 comentários sobre “Seja o primeiro a ver o que você vê como você o vê

  1. Estou honrada de fazer parte desta edição com meu conto A mar – um conto de areia. Obrigada pelo prestígio!
    Parabéns pela revista, escolha de textos e edição gráfica.

  2. Um prazer fazer parte da revista, com a minha crónica “Expresso da noite”.
    Um momento de reflexão nos artigos escritos e uma satisfação para mim encontrar-me pelo meio.
    Parabéns pela edição, está sensacional.

  3. Um prazer fazer parte da revista, com a minha crónica “Expresso da noite”.
    Um momento de reflexão nos artigos escritos e uma satisfação para mim encontrar-me pelo meio.
    Parabéns pela edição, está sensacional

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